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Blog da Clínica Brasil

Pensando em cuidar da sua saúde, trouxemos uma série de conteúdos, para você entender melhor sobre sintomas e doenças que afetam o organismo. Não se esqueça de agendar uma consulta com um médico especialista!

Psoríase: tudo que você precisa saber sobre a doença

A imagem mostra uma mulher com erupções cutâneas no braço. Ela olha por cima do ombro e aparenta estar incomodada, com dor.
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A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, homens e mulheres de qualquer faixa etária. Se caracteriza pelo surgimento de manchas avermelhadas, descamativas e espessas, que podem causar coceira, dor e desconforto. Embora possa aparecer em qualquer parte do corpo, é mais comum no couro cabeludo, cotovelos, joelhos e região lombar.

A psoríase não é contagiosa, mas está relacionada a uma resposta anormal do sistema imunológico, que acelera o ciclo de renovação das células da pele. Fatores genéticos, emocionais e ambientais, como estresse, infecções, frio e uso de certos medicamentos podem desencadear ou agravar as crises.

Etimologia da palavra 

O termo psoríase vem do grego “psora”, que significa “coceira” ou “erupção cutânea”. A palavra foi usada pela primeira vez na medicina antiga para descrever diversas doenças de pele, mas o seu uso moderno, com o significado específico atual, foi estabelecido apenas no século XIX, quando médicos começaram a diferenciar a psoríase de outras condições dermatológicas, como a lepra.

Tipos de Psoríase

A psoríase pode se manifestar de diferentes formas, variando em aspecto, localização e intensidade. Conhecer os principais tipos ajuda no diagnóstico e na escolha do tratamento mais adequado.

1. Psoríase em placas (ou vulgar)

É o tipo mais comum, representando cerca de 80% dos casos. Caracteriza-se por placas avermelhadas e espessas, cobertas por escamas esbranquiçadas ou prateadas. Surge com frequência em cotovelos, joelhos, couro cabeludo e região lombar.

2. Psoríase gutata

Mais comum em crianças e adultos jovens, costuma aparecer após infecções de garganta (por estreptococos). Apresenta pequenas manchas vermelhas espalhadas pelo corpo, lembrando gotas, que explica o nome “gutata”, que vem do latim gutta, “gota”.

3. Psoríase inversa (ou flexural)

Acomete áreas de dobras, como axilas, virilhas, sob as mamas e ao redor dos genitais. As lesões são avermelhadas, brilhantes e sem descamação evidente, devido à umidade local. Pode causar desconforto, coceira e irritação.

4. Psoríase pustulosa

Caracteriza-se pela presença de pequenas bolhas com pus (pústulas) sobre áreas avermelhadas da pele. Pode ser localizada, como nas mãos e pés ou generalizada, exigindo acompanhamento médico rigoroso.

5. Psoríase eritrodérmica

É o tipo mais grave e raro. Provoca vermelhidão e descamação intensa em quase todo o corpo, acompanhada de coceira, dor e febre. É uma emergência médica dermatológica, pois pode causar complicações sistêmicas.

6. Psoríase ungueal

Afeta as unhas das mãos e dos pés, levando a manchas amareladas, espessamento, descolamento ou deformações. Pode ocorrer isoladamente ou junto de outros tipos de psoríase.

7. Psoríase artropática (ou artrite psoriásica)

Além das lesões na pele, há inflamação nas articulações, causando dor, rigidez e inchaço, principalmente em dedos e joelhos. É fundamental o acompanhamento conjunto com dermatologista e reumatologista.

Sintomas da Psoríase

Os sintomas da psoríase variam conforme o tipo e a gravidade da doença, mas costumam ter características típicas que ajudam no diagnóstico clínico. Em geral, as manifestações aparecem em crises (ou surtos) e podem melhorar ou desaparecer por um tempo, voltando a se intensificar em períodos de estresse, infecções ou mudanças climáticas.

Sintomas mais comuns:

  • Manchas ou placas avermelhadas recobertas por escamas esbranquiçadas, ou prateadas;

  • Coceira, ardência ou dor nas áreas afetadas;

  • Ressecamento e descamação intensa da pele;

  • Espessamento e rachaduras, que podem sangrar levemente;

  • Sensibilidade e inflamação local, especialmente em áreas de atrito, como cotovelos e joelhos;

  • Alterações nas unhas, manchas, descolamento ou deformações (psoríase ungueal).


Sintomas menos comuns:

  • Pequenas bolhas com pus (pústulas), típicas da psoríase pustulosa;

  • Descamação generalizada e vermelhidão intensa, em casos de psoríase eritrodérmica;

  • Dor, rigidez e inchaço nas articulações, quando há artrite psoriásica associada.


Sintomas emocionais e de impacto na qualidade de vida:

Além dos sinais na pele, a psoríase pode causar impacto emocional significativo. Muitos pacientes relatam:

  • Baixa autoestima e vergonha das lesões visíveis;

  • Ansiedade e isolamento social;

  • Estresse, que por sua vez pode agravar as crises.

Vale ressaltar que a psoríase não é contagiosa, e o diagnóstico precoce com um dermatologista é essencial para controlar os sintomas e evitar complicações.

Tratamentos da Psoríase

A psoríase não tem cura definitiva, mas pode ser controlada com eficácia. O tratamento busca reduzir a inflamação, aliviar os sintomas, evitar novas crises e melhorar a qualidade de vida do paciente. A escolha da terapia depende da gravidade do quadro, da área afetada e da resposta individual ao tratamento. Dentre as opções de tratamentos estão:

1. Tratamentos tópicos (uso local)

São indicados principalmente para casos leves a moderados. Aplicados diretamente sobre as lesões, ajudam a diminuir a descamação, coceira e inflamação.

2. Fototerapia (tratamento com luz)

A fototerapia utiliza radiação ultravioleta controlada (UVB ou UVA) para reduzir a inflamação e desacelerar o crescimento das células da pele.

  • É indicada para casos moderados a graves, especialmente quando os tratamentos tópicos não são suficientes.

  • Deve ser feita sob supervisão médica e com equipamento especializado.

3. Tratamentos sistêmicos (uso oral ou injetável)

Usados em casos graves ou resistentes às terapias locais. Atuam de forma imunomoduladora, controlando a inflamação em todo o organismo.

4. Terapias biológicas

São medicamentos de última geração, administrados por injeção ou infusão, que agem diretamente sobre moléculas específicas do sistema imunológico envolvidas na psoríase.

  • Indicado para casos moderados a graves ou associados à artrite psoriásica.

5. Cuidados complementares

Além do tratamento médico, mudanças de hábitos são fundamentais para o controle da doença:

  • Manter a pele sempre hidratada;

  • Evitar o estresse, com técnicas de relaxamento ou psicoterapia;

  • Abandonar o tabagismo e o consumo de álcool;

  • Ter alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, peixes e ômega-3;

  • Evitar traumas na pele, como arranhões e tatuagens em áreas afetadas.

Importância do acompanhamento médico

O tratamento da psoríase deve ser individualizado e realizado sob acompanhamento regular de um dermatologista, que ajustará as medicações conforme a evolução do quadro e as necessidades de cada paciente.

Na Clínica Brasil, nossos dermatologistas especializados contam com experiência e tecnologia para oferecer um diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado para cada tipo de psoríase, desde casos leves até formas mais complexas, como a artrite psoriásica.

Além do cuidado clínico, a equipe da Clínica Brasil orienta o paciente sobre hábitos de vida, hidratação da pele, controle do estresse e prevenção de recaídas, garantindo um tratamento completo.

Com o acompanhamento certo e um plano terapêutico personalizado, é possível controlar as crises, manter a pele saudável e viver bem com a psoríase.

Agende sua consulta com os dermatologistas da Clínica Brasil e descubra como cuidar da sua pele com segurança, confiança e atenção personalizada.