O Glifage, cujo princípio ativo é a metformina, é um dos medicamentos mais utilizados no tratamento do diabetes tipo 2. Reconhecido por sua eficácia, segurança e ampla evidência científica, ele costuma ser o tratamento inicial para muitos pacientes, especialmente quando associado a mudanças no estilo de vida.

Para que o Glifage é indicado?

1. Diabetes tipo 2

O Glifage é indicado principalmente para o controle da glicemia em pacientes com diabetes tipo 2. Entre seus efeitos estão:

• Redução da glicose no sangue.

• Melhora da sensibilidade à insulina.

• Diminuição da produção de glicose pelo fígado.

• Auxílio no controle de peso, já que não costuma causar ganho de peso.

2. Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP)

Em alguns casos, a metformina também pode ser utilizada no tratamento da SOP para:

• Reduzir resistência à insulina.

• Regular ciclos menstruais.

• Auxiliar na perda de peso.

Como o Glifage age no organismo?

A metformina atua reduzindo a quantidade de glicose liberada pelo fígado, diminuindo a absorção intestinal de glicose e aumentando a utilização desse açúcar pelos músculos. Essa combinação resulta em melhor controle glicêmico, especialmente em pacientes com resistência à insulina.

Emagrecimento pode ser um efeito colateral?

Sim. Embora o Glifage não seja um medicamento indicado especificamente para emagrecer, a perda de peso pode ocorrer como efeito colateral em alguns pacientes.

Por que a metformina pode causar emagrecimento?

• Melhora da sensibilidade à insulina, reduzindo picos de fome.

• Diminuição do apetite em parte dos pacientes.

• Redução da absorção de carboidratos no intestino.

• Maior estabilidade da glicemia, o que pode reduzir episódios de compulsão por doces.

A perda de peso costuma ser leve a moderada, variando de acordo com hábitos alimentares, prática de atividade física e características individuais.

Quando a perda de peso merece atenção?

Se o paciente apresentar emagrecimento rápido, acentuado ou não intencional, é essencial procurar avaliação médica. Isso pode indicar:

• dosagem inadequada;

• efeitos gastrointestinais persistentes;

• ou outras condições de saúde que precisam ser investigadas.

Efeitos colaterais mais comuns

Os efeitos adversos mais relatados são gastrointestinais, especialmente no início do tratamento:

• Náuseas.

• Diarreia.

• Dor abdominal.

• Gases.

• Sabor metálico na boca.

Esses sintomas geralmente diminuem com o tempo e tendem a ser menores quando o uso é feito junto às refeições ou na formulação Glifage XR (liberação prolongada).

Efeitos menos comuns

• Redução da absorção de vitamina B12 com uso prolongado.

• Tontura ou fraqueza.

• Casos raros de acidose láctica, geralmente associados a condições pré-existentes.

Quem não deve usar o Glifage?

O medicamento é contraindicado para pessoas com:

• insuficiência renal moderada a grave;

• doenças hepáticas severas;

• consumo excessivo de álcool;

• condições que aumentem o risco de acidose láctica.

Somente um médico pode avaliar se o Glifage é adequado para cada paciente.

Conclusão

O Glifage é um importante aliado no controle do diabetes tipo 2, oferecendo segurança, eficácia e benefícios adicionais para o metabolismo. Apesar de ser amplamente utilizado, seu uso deve ser sempre acompanhado por um profissional de saúde para garantir ajustes adequados e evitar efeitos adversos.

Na Clínica Brasil, contamos com endocrinologistas e equipe multidisciplinar capacitada para orientar, prescrever e acompanhar o tratamento com Glifage, garantindo mais saúde, controle e qualidade de vida ao paciente diabético.